quarta-feira, dezembro 20, 2006

FELIZ NATAL E UM PRÓSPERO 2007!!!


quarta-feira, dezembro 13, 2006

confraternização...


Para os quadrilheiros, essa palavra vai além do sentido tradicional.
Ao invés de apenas reunir as pessoas que gostam, no mundo junino ela também significa o fim e o começo da nova temporada JUNINA.
Para essas festas são convivados os que integraram o grupo na temporada passada e os novos possíveis brincantes. É uma espécie de ritual de passagem, onde os que não vão mais dançar dão o espaço para os novos integrantes. E isso é muito interessante, pois faz renascer, ou reascender cada vez mais a chama do movimento junino em uma ma maior quantidade de pessoas.
E o mais importante disso tudo é o vínculo de amizade e companheirismo criado agora, e que vai ser tão necessário nos próximos meses...
Assim como o nascimento de Cristo se renova no coração dos que crêem à cada ano, os grupos juninos também.

Mais uma vez, FELIZ NATAL PARA TODOS!!!

terça-feira, dezembro 12, 2006

Paixão Nordestina lança DVD Oficial em Dezembro


Eu não disse que logo logo as confratenizações iriam começar a aparecer. Que bom!
Para quem quer rever mais um pouquinho do que a Paixão Nordestina (do bairro Vila Manoel Sátiro, Fortaleza - CE) produziu em 2006 aproveita e comparece no lançamento do Dvd Oficial do grupo.

Dia: 17/12 (domingo) a partir das 10:00 hs.
Local: Fest Hall
Rua Américo Rocha Lima (prox. a praça da Vila Manoel Sátiro)

Na ocasião será realizado um bingo de uma bicicleta e um aparelho de DVD, com muita festa e ao som de um bom pagode.

Informações: 88071238 / 87245271

Eu vou, hein?!

domingo, novembro 26, 2006

É tempo de confraternizar...



Tenho recebido convites para algumas confraternizações. No trabalho, na família, na Fequajuce e até em algumas Quadrilhas. Só agora caiu a ficha... Estamos vivendo o "período natalino".
Andei pensando um pouco nisso e vi que embora distantes 6 meses no calendário, o Natal e o São João tem algo em comum e são bastante representativos. Ambos são festas de fundo religioso. No São João homenageamos aos santos Antonio, João e Pedro. No Natal, o nascimento de Jesus Crito, baluarte da igreja católica.
Aprofundando mais um pouco vamos para a questão da transformação do significado e da "comercialização" das festas. Aos poucos as duas acabaram se tornando algo bastante comercial Não digo que é algo ruim, afinal ainda não se perdeu o seu fundamento. Por exemplo, depois que o comércio determinou que o período natalino tem que começar em novembro,chega na metade do mês, já começamos a comprar presentes, ir a confraternizações, etc. São quase dois meses até o dia 24. Em outubro, já vemos nas lojas as famosas árvores de natal, ofertas, promoções e todo o brilho da data. No São João começamos em junho, ou melhor, final de maio, mas finalizamos no fim de julho. Mais de um mês após as datas. Dois meses de festa em todo o Brasil.
Quanto à "transformação das festas", elas vão acontecendo e nem nos damos conta. No Natal tivemos a introdução do Papai Noel com aquelas roupas de frio - vemelha com branco, cores da Coca-cola, seu grande patrocinador, diga-se de passagem - que não tem muito a ver com a nossa realidade. Além disso, neve, árvores, geralmente pinheiros enfeitadas com bolas, laços e enfeites multicoloridos... Toda aquela tradição norte americana e européia espalhada pelo mundo inteiro desde muito tempo. No São João ao invés das fogueiras em casa para confraternizar com os amigos, vamos aos grandes festivais - para assistir Quadrilha e dançar forró - com seus arraiás e cidades cenográficas.
O bom disso tudo é que o interesse pelos dois períodos é muito grande e esperado. As pessoas ainda se divertem, vivem e se emocionam com tudo isso.

Viu, como existem semelhanças? E tem mais. Assim que eu for encontrando, posto aqui.

Ah, Feliz Natal e Viva são João para todos.

sábado, novembro 18, 2006

Só pra retificar...

Hoje reli o artigo sobre o G-8 e conversei com um amigo sobre oassunto. Resolvi então esclarecer alguns pontos.
Primeiro.
Para quem não sabia,o G-8, é um grupo econômico e político formado pelos Chefes de Estado dos 8 países mais ricos do mundo. Muito antigamente se chamava G-7, mas com a entrada da Rússia há poucos anos, passou a se chamar G-8.
Segundo.
Os mais atentos devem estar querendo saber por qual motivo eu modifiquei o ítem 6 na lista de atribuições ou "exigências" do G-8 junino. Esclareço... Foi porque ir a Mossoró sabendo que não vai ganhar é para as outras Quadrilhas. As influenciadas, e que sonham em fazer parte desse seleto grupo.
As grandes sempre estão nas melhores posições.

Desculpem o equívoco.

domingo, novembro 12, 2006

O G-8 Junino

Conversando e percebendo como as coisas acontecem, acabei chegando á uma conclusão. Criamos um novo padrão para a Quadrilha Junina no Ceará. Não vou dizer que é o melhor, até por que então não acho, mas também não é totalmente desprezível. Podemos tirar boas lições, como a boa filosofia do “Ying” e “yang”, onde tudo tem o seu lado bom e o seu lado ruim.
Atualmente para as Quadrilhas serem aceitas no “G-8” (ou também chamado clube dos 8. Comparação ao grupo que reúne as maiores nações do mundo) elas precisam preencher certos requisitos:
1. Reunir no mínimo dos mínimos 30 pares;
2. Apresentar alegorias e adereços;
3. Se apresentar em poucos festivais;
4. Trazer uma banda ao invés de um trio regional;
5. Ir competir em Mossoró todos os anos;
6. Achar que todas que não seguem esse padrão são lixo e não podem ficar à sua frente nos resultados.
Brincadeiras à parte, o fato é que esse novo tipo ou nova tendência de Quadrilha que vivemos traz algumas características que chocam, e principalmente aos mais conservadores. O pior é que o público nem percebe. Querem sempre mais espetáculo. E nesse toma lá da cá, estamos perdendo pouco a pouco coisas importantes.
Temos que concordar que uma grande roda é algo raro nos tempos de hoje. Quando ela existe são 2 ou 3 círculos. Caso parecido é o do “X”, que agora virou asterisco com o intuito de ganhar espaço. “Anavan” e “Anarriê”, ihhhhhhhhh... Esses dois aí já deveriam ser peças de museu. Fila única impossível, duas filas de casais, piorou. Agora a formação se dá em três filas, no mínimo.
Essas inovações todas apenas é o que notamos só na coreografia. E o resto? Daí seguem as músicas, que daqui a pouco vão poder ser tocadas em rádios, afinal, quase não falam mesmo em São João, fogueira, balão, bandeirinha e essas coisas todas...
O figurino é outro detalhe. Por onde anda o véu das noivas? Isso requer uma investigação... O padrão dos apliques de cabelo chegou também às noivas. Agora elas têm que mostrar que também tem cabelos e longos.
Em meio a isso tudo podemos, ou alguns podem pensar, mas cadê as Quadrilhas? Estão virando escola de samba?A resposta é “não sei”.
Mas antes de “carnalvalizar” acho isso tudo apenas o resultado de um processo globalizante. Se prestarmos atenção, esse “boom” do Festival de Mossoró, na divisa do Ceará com o Rio Grande do Norte, há pouco mais de 4 anos fez com que assimilassemos algumas características dos grupos deles, como por exemplo os adereços, o número grande de pares... E por aí vai.
Agora outra pergunta surge. Isso é bom ou ruim? Mais uma vez respondo: “Sinceramente não sei”.
Alguém poderia por gentileza me dizer?

quinta-feira, outubro 19, 2006

Tristes surpresas

Mais um...
O São João vem sofrendo baixas terríveis nesse ano de 2006. Aos poucos fomos tendo notícias das perdas. Antes mesmo que esquecêssemos, mais uma perda nos atormentava. As vezes briga de rua, as vezes doenças fatais, as vezes fora do meio junino, as vezes dentro de um festival de Quadrilhas. Simplesmente o fato de estar numa parada esperando um ônibus pode ser motivo para ter a vida tirada.
É difícil perder. Se perder na competição é difícil, imagine perder um ente querido, um amigo, um parente, um filho. Nesses momentos sempre queremos culpar alguém. E nesse caso os culpados são muitos: a falta de segurança, o aumento dos índices de criminalidade, a violência, os desentendimentos, as paixões, a sociedade desigualitária em que vivemos, enfim... Às vezes é difícil até culpar alguém...
Antes de ontem (17/10/2006) foi o Veru Wilson, vocalista da Cumpade Justino. Quem nunca se emocionou com aquela voz forte, e por que não dizer uma das mais marcantes do São João do Ceará?
Em pleno São João tivemos outra perda, a Bruna Rafaelle, Rainha da Quadrilha Zé Testinha. Jovialidade, graciosidade e simpatia no rodopiar junto da “cabroeira”. Como esquecer? Não dá.
Estes e os outros tantos, que já passam de 5, merecem o nosso respeito e o nosso carinho ao lembrar e relembrar os tantos momentos de alegria e de prazer quando estivemos ao seu lado.
Desejamos aos amigos e familiares que encontrem o conforto, a paz e a serenidade para seguir em frente.
Estejam com Santo Antonio, São Pedro e São João.

Por favor, sem mais surpresas tristes...
Chega!

domingo, outubro 15, 2006

O vento espalha o calor da Quadrilha da Pegando Fogo

Enivaldo. Você pediu, tá aí. Espero que tenha correspondido sua expectativa.

















Apresentação no IV Festival Cearense de Quadrilhas Juninas
Local: Ginásio da Parangaba
Data: 22 de junho de 2006
Classificação: * * * e ½

A Quadrilha Pegando Fogo, do Bairro Bela Vista, Fortaleza, esse ano veio realmente para incendiar. No que diz respeito a super produção não mediram esforços. Um grande show com direito a efeitos especiais, balões caindo do céu no melhor estilo dos grandes musicais da TV e muito colorido.
Partindo do tema que foi proposto. “Os ventos que trazem o amor e alegria do São João”. Bem, é mais ou menos isso. Se eu estiver errado por gentileza me corrijam. Mostrar vento dentro de uma Quadrilha Junina não é tarefa das mais fáceis. A Pegando Fogo optou por trazer arco íris, flores, borboletas, fadas e caixas encantadas. Segundo o ator que fez a introdução à Quadrilha (usando fantasia de carnaval, diga-se de passagem), no São João os ventos sopram, trazendo a alegria e o amor. Surgem três cataventos, duas flores e duas caixas gigantes. Alegorias que dão um tom infantil e ingênuo. Mulheres com asas de borboletas rodopiam em volta. A fada com sua varinha de condão abre as caixas e de lá sai o casal de noivos. Uma proposta bem diferente de vento, que remete a contos infantis. Tudo muito poético e de uma plástica belíssima. Encanta qualquer pessoa que esteja assistindo. Mas e o quesito originalidade na Quadrilha Junina? Não seria mais “junino” os ventos trazerem os seres encantados do nosso folclore?
O figurino é outro elemento de extrema beleza, colorido sincronizado pelos babados das mangas e barras dos vestidos das meninas. Fitas coloridas, nas cores do arco-íris, formam listras verticais. As pedrarias na cabeça, na saia e no corpo do vestido dão o brilho. As rosas de pelúcia na cabeça também conferem um certo tom infantil. A noiva no entanto, assume um ar futurista, no melhor estilo “Jetsons” (desenho infantil dos anos 70 , onde os personagens viviam no futuro)com Abas sobre os ombros.
Já os homens um tanto carregados. O colete trabalhado com pedrarias, fitas, uma espécie de resumo do vestido da mulher. Sapatos e chapéus de listras coloridas combinando com as barras das mulheres. Poderiam os homens ser um pouco mais sóbrios, uma vez que as mulheres já vem bastante coloridas e brilhosas. As vezes pode parecer que eles estão querendo competir.
Na coreografia, a Pegando fogo foi muito bem. Passos tradicionais (mais de 10), uma abertura bem coreografada. As vezes coco, as vezes dança portuguesa, mas muito bonito. Porém o mais interessante foi ver que embora sempre em 4 filas, e com 36 pares na quadra, conseguiram fazer duas filas únicas e uma espécie de “anarriê”, quando os pares se distanciam para as extremidades laterais da quadra. Outro ponto alto foi uma grande roda, todos pegando nas mãos. Coisas raras nesses tempos de Quadrilhas numerosas, sem coreografias definidas e pares se chocando em quadra. Relembrando o vento, em apenas 3 momentos pudemos ver a presença dele na coreografia. No início, quando as borboletas rodopiam, e o girar da saia dá uma idéia de leveza. Parecem mesmo voar. O segundo momento antes do desfile da Rainha, quando são formadas quatro rodas. Todos pegam nas mãos se curvam para a frente e giram, cada roda em sentido contrário. E no final, quando todos em filas de quatro pares dão as mãos e vão baixando e subindo como uma onda.
No mais, uma coreografia sem grandes ousadias, mas muito bonita e gostosa de ver. A evolução e a harmonia, também são fatores bem trabalhados. Mulheres podendo girar a saia sem bater em ninguém. A quadra bem aproveitada. A sintonia com o regional, por sinal muito afiado e com um repertório bem escolhido. Melodia e ritmo muito bons, mas as letras quase na mesma linha das que vemos hoje em dia. Muito amor, paixão, alegria, mas pouca fogueira, balão, bandeira. Além disso 36 pares na quadra poderiam fazer um pouquinho mais de barulho. Mas o que é importante é perceber a satisfação e a alegria no rosto do brincante.E isso dá sim.
Nos destaques individuais não há muito o que falar, ambos desempenham bem a sua função. O casal de noivos é quem realmente domina a cena. E é como tem que ser.

quarta-feira, outubro 11, 2006

Afinal, alguém pode definir QUADRILHA TRADICIONAL?



Sempre que estamos discutindo Quadrilha Junina, caímos na questão: “Estilizada” ou “Tradicional”. Qual a melhor?
Deixando um pouco de lado a questão da estilizada, que isso é assunto para outra postagem, vamos agora discutir sobre o que é o tradicional que falamos tanto.
De acordo com o dicionário On-line, Priberam, a palavra “tradicional” significa: “transmitido só por tradição”, e conseqüentemente, tradição significa: ato de transmitir ou entregar; recordação; memória.
Então vamos lá... Segundo o site www.nordesteweb.com, a Quadrilha foi originada nas festas dos camponeses na Normandia no século XII e levada para a França através da Guerra dos Cem anos um pouco mais tarde. Depois de difundida em toda Europa através das grandes conquistas de Napoleão veio para o Brasil por ocasião da fuga da Família Real de Portugal em 1808.
Com o intuito de imitar os nobres, os brasileiros passaram a dançá-la com outros ritmos e em festas nas fazendas por todo o reino, afinal o país era essencialmente rural.
De acordo com o que vemos, até chegar aos dias de hoje a Quadrilha já se reinvento várias vezes, principalmente depois que chegou ao país.
Na questão do repertório já foi dançada ao som de valsa, polca, mazurca.
No figurino feminino vestidos com cintura alta, abaixo dos seios como no império; com cintura baixa e rodados como nos anos 10; com mangas curtas e acinturados, abaixo do joelhos e godês como nos anos 50, enfim, uma gama de mudanças. Acompanhados com sapatos, botas ou sandálias de couro e na cabeça chapéus ou flores.
No masculino blusas coloridas, quadriculadas, coletes, paletós. Na cabeça chapéu de palha ou estilo Panamá.
Esses são apenas alguns dos fatores que nos fazem repensar o conceito de Quadrilha Tradicional na sociedade contemporânea.
A conclusão que podemos tirar é que a dança Quadrilha é atemporal, e não tem um modelo correto, pois como a cultura popular, está sempre mudando e se reinventando, adquirindo novos valores. Assim como começou no Brasil imitando outra dança, já perdeu a característica de estática a partir daí, faz parte da oralidade e da criatividade do povo nordestino e brasileiro em geral. Muda de local para local. Portanto seria mais correto pensar a Quadrilha do Vale, a de Fortaleza, a de Pernambuco, a da Zona Norte, a do Cariri e não a Estilizada ou a Tradicional. Afinal cada região tem suas próprias características.
Ou será que alguém consegue provar o que é tradicional e como é caracterizada?

quarta-feira, outubro 04, 2006

Esta é a pedido





Vai estar na próxima edição da ISPIA, mas a pedido de Leonardo Pereira, de Senador pompeu, está aqui um pouco do que será o nosso segundo número relembrando os grandes momentos da temporada de 2006.

II SÃO JOÃO DO SERTÃO reúne mais de oito mil pessoas em Senador Pompeu

No Ceará as festas juninas são também festas “julhinas”, só encerram no final do mês de julho. Apoiado nesse conceito o Secretário de Cultura de Senador Pompeu, Adriano Souza, resolveu realizar o II São João do Sertão entre os dias 12 e 15 de julho de 2006. O evento conseguiu reunir mais de duas mil pessoas por noite, totalizando cerca de oito mil pessoas na Praça de Eventos do Mercado Público.
Atrações durante dia e a noite foram alguns dos diferenciais. Nas tardes a Fórmula Jegue e o Burro Táxi fizeram a alegria de adultos e crianças que admiraram e se divertiram com os animais disputando corrida. As ruas da cidade foram o palco dessa corrida diferente, que atraiu a atenção de dezenas de curiosos.
À noite a população local e os mais de dois mil turistas vindos de diversos locais do Estado puderam apreciar o artesanato e degustar a culinária local em barracas distribuídas por todo o espaço, ornamentado com bandeirola e balões multicoloridos. Festival de Repentistas, Festival de Sanfoneiros e Festival de Quadrilhas, completaram o clima de quermesse no coração da cidade.
Além dos improvisos do repente, do roncado da sanfona e do espetáculo das Quadrilhas Juninas (ou “Julhinas”, como queira), cinco bandas de forró animaram os presentes. Gatinha Manhosa, Forró na Veia, Banda Stylus, Banda Pinote da Bahia e Forró Galope
Segundo Souza, o município de Senador Pompeu, 273km de Fortaleza, definiu as Festas Juninas, como principal atrativo no calendário cultural desse ano. “O evento se propõe a congregar os municípios que compõem a Região do Sertão Central interessados nos costumes e nas tradições populares, com o intuito de impulsionar a economia da região, através do turismo, garantindo lazer e entretenimento”, afirmou.
O Festival de Quadrilhas, um dos momentos mais esperados pelo público, que vibra com a apresentação dos grupos, trouxe para a cidade os principais da região. A Campeã na categoria Quadrilha foi Arraiá São João Batista de São João do Jaguaribe. O segundo lugar ficou com a Quadrilha Queima Fogueira, de Itapiúna, que também levou os prêmios de melhores Noivo e Noiva. Já em terceiro lugar Quadrilha Coração Nordestino, de Senador Pompeu, que também obteve melhor pontuação em Marcador e Rainha.

sábado, setembro 09, 2006

RESULTADO DO TROFÉU SÃO JOÃO





Mais uma festa que se vai, uma saudade que rola...
O troféu São João é a certeza de que a temporada realmente acabou. E lógico, tem que acabar com festa.
Em 2006, eis os Grande vencedores:

ADULTO CAPITAL E REGIÃO METROPOLITANA

1º Cumpade Justino - Maracanaú
2º Arraiá da Esperança - Fortaleza
3º Vozes da Seca - Fortaleza

DESTAQUES

NOIVO: Cumpade Justino
NOIVA: Cumpade Justino
RAINHA: Arraiá da Esperança
MARCADOR: Brilho da Noite
CASAMENTO: Tomgil

ADULTO INTERIOR

1º Flor de Mandacaru - Cariré
2º Arraiá da Perseverança - Guaiuba
3º Mandacaru do Sertão - Cariré

DESTAQUES

NOIVO: Trem Maluco - Pentecostes
NOIVA: Trem Maluco - Pentecostes
RAINHA: Luar Serrano - Palmácia
MARCADOR: Luar Serrano - Palmácia
CASAMENTO: Arraiá da Perseverança - Guaiuba

INFANTIL

1º Arraiá do Bairro Ellery - Fortaleza
2º Flor da Garotada - Fortaleza
3ºRaio de Luz - Caucaia

DESTAQUES

NOIVO: Asas do Sertão - Fortaleza
NOIVA: Arraiá do Bairro Ellery - Fortaleza
PRINCESA: Arraiá do Bairro Ellery - Fortaleza
MARCADOR: Flor da Garotada - Fortaleza
CASAMENTO: Flor da Garotada - Fortaleza

MELHOR FESTIVAL

CAPITAL: XXVI Festival de Quadrilhas da Vila Manoel Sátiro
INTERIOR: VI Festival de Quadrilhas de Uruoca

Esses foram os grandes campeões de 2006.
Mas o que eu acho interessante é que temos uma discrepância total quendo pegamos o Festival cearense, que também escolhe os melhores. Quadrilhas totalmente diferente. Até parece que são dois ngrupos distintos, o do Troféu São João e o do Cearense. Salvo a Cumpade Justino na categoria adulto e as Quadrilhas Infantis, todos diferentes.
mas isso já é outra discussão...

quinta-feira, agosto 31, 2006

11º Troféu São João

Mais uma edição do Troféu São João se aproxima. Uma festa glamourosa, que para muitos não passa da entrega de uma premiação aos grupos que se arriscaram em dançar em 25 festivais. Visão que alguns grupos tem da festa, e que é totalmente errônea da alma do evento, diga - se de passagem.
O Troféu São João chega à sua 11ª edição e estar dentro dele quer dizer sim muita coisa. Uma das mais importantes, é estar mantendo viva a chama do São João do Ceará, que é disperso e dura quase dois meses em seu ritmo andarilho.
O prêmio é concedido aos grupos que mais foram campeões na temporada, seguindo uma tabela de pontos por festival disputado e classificação no mesmo. Dividido em três categorias, adulto capital e Região Metropolitana, adulto interior e infantil, o evento premia também os destaques e os melhores festivais no interior e na capital.
As especificações que exigem 25 festivais na capital, nada mais são do que uma maneira de resgatar o São João de pelo menos 10 anos atrás, quando os grupos dançavam em festivais nas ruas e nós tínhamos uma festa mais social e integrada à comunidade.
Além de tudo é um momento de festa, de confraternização, onde se festeja à Quadrilha Junina e se coroa um trabalho bem feito durante a temporada, e que acima de tudo venceu festivais. Esse ano serão mais de R$ 10 mil distribuído por todas as categorias.

A entrega do Troféu ocorrerá no domingo, 03 de setembro de 2006, no ginásio do SESC, localizado no centro de Fortaleza, a partir das 18h00.
Farão parte da cerimônia apresentações de grupos folclóricos, regionais e muitas homenagens a pessoas e instituições que contribuíram para com o movimento junino em 2006. Confira a seguir os nomes que deverão fazer parte dos agraciados: Conceição Rodrigues (Coelce), Paulo Mota (BNB), Claudia Leitão e Lucia Cidrão (Secult), Beatriz Furtado (Funcet), Mécio Lima (Colchões Ortobom), além de Raimundo Macêdo e pautília Araruna (Prefitura de Juazeiro do Norte).
Quadrilheiros prestigiem o evento e se confraternizem com as Quadrilhas mais premiadas de 2006.

quinta-feira, agosto 10, 2006

CARMEM MIRANDA NESSE ARRAIÁ, PODE?






Apresentação no IV Festival Cearense de Quadrilhas Juninas
Local: Ginásio da Parangaba
Data: 22 de junho de 2006
Classificação: * * * *

A Quadrilha Beira Lixo de Camocim trouxe um tema polêmico para o arraiá. Mas antes de entrarmos diretamente nele, gostaria de esclarecer um pouco o nome do grupo, que sempre chama muita atenção. Realmente não tem nada a ver com Quadrilha.
O grupo se originou de uma turma de jovens que jogavam voleibol em um terreno baldio no centro da cidade. Em 1989 eles resolveram formar uma Quadrilha. Com a irreverência como pano de fundo lançaram esse nome.
Dúvidas sanadas, vamos ao que interessa. Primeiro gostaria de falar da coragem de introduzir um personagem como Carmem Miranda no mundo junino. Reconhecida pelos balangandãs, frutas na cabeça e roupas espalhafatosas a cantora fez muito sucesso na década de 1940, inclusive sendo estrela de filmes nos EUA. No entanto sua imagem está mais associada ao carnaval.
Apesar do que alguns podem chamar de loucura, eu considero louvável a iniciativa, por que eles conseguiram buscar e mostrar o São João em personagem que não está ligada a esse universo. O elo é uma marcha junina gravada por ela nos anos 40. Pelo próprio tema “E se Carmem Miranda viesse ao arraiá?”, já vemos que há uma preocupação com o “junino”.
O casamento conta que a personagem foi convidada para cantar em um casamento no sertão. Porém quando chega no local depara-se com uma impostora. No desenrolar da trama ela se encanta pelo São João do Nordeste. Uma trama interessante. Imaginária. Não é um texto excepcional, mas a agilidade dá a veia cômica.
A Quadrilha apresenta uma coreografia boa. Desenvolve o que é proposto pelo tema. Realmente passos tradicionais. Hora estilizados, hora tradicionais ao extremo, como no “passo do alejado”, “olha a cobra”, “olha a chuva”, etc. Enfim, uma mostra do que é São João e que poderia encantar um mito.
Ainda em detalhes da coreografia, podemos destacar o encerramento, com toques lusitanos e os leques flamencos. Por pouco não foge ao junino. Bonito, noentanto, deveria vir na abertura, afinal como ela é portuguesa seria o início de uma biografia e não o final.
A parada da Rainha com coreografia lenta como na abertura é raro hoje em dia, mas é bom ver um grupo que mantém o seu estilo. Ah, e isso com vinte pares, outra marca.
No meio da Quadrilha uma invertida nos paletós dos homens transforma a Quadrilha estilizada em caipira. O paletó dupla face, passa da cor lisa para o xadrez. O chapéu de palha e as mulheres saias também xadrez. Não seria melhor as saias de chita? Mais original?
Mas isso já é figurino...E por falar em figurino podemos ver mulheres com vestidos carregados de brilho. Na cabeça frutas e rosas (nada muito extravagante para o tema).O leque dá um charme a mais. Homens super elegantes em paletós, sapatos bicolores e chapéus de palhinha no melhor estilo anos 40/50.
Harmonia boa, quadrilha bem ensaiada.
Nos destaques podemos observar a marcadora, que a toda hora faz o característico movimento de mãos, uma das marcas de Carmem, lembrando dançarinas de flamenco.

sábado, agosto 05, 2006

A MAIS NOVA ESTAÇÃO DO ANO


Nem bem terminamos a temporada de 2006 e já temos um grupo novo surgindo. O nome pode já ser conhecido de alguns, mas como ele mesmo sugere, está se renovando a cada ciclo.
ESTAÇÃO JUNINA, o novo grupo da Praia de Iracema. Como as estações do ano, promete para junho de 2007 mudanças drásticas de tempo. Segundo a diretoria,vai se instalar a estação da criatividade no São João.
Como o tempo não para (já dizia Cazuza) todos os internautas podem conferir a barraca do grupo na feira de música que acontecerá no entorno do Dragão do Mar,de 09 a 12 de agosto.
Eles podem ser iniciantes, mas já entenderam que o trem está sempre seguindo viagem. E o principal: para os quadrilheiros, São João dura o ano todo.

É sempre bom ter mais grupos para abrilhantar nossas festas.

Vida longa ao novo grupo!

São os votos da Revista Ispia

terça-feira, agosto 01, 2006

NO MAIOR SÃO JOÃO DO MUNDO




Especialmente hoje a revista ISPIA dá uma trégua na avaliação das Quadrilhas Juninas de Fortaleza para mostra o que estávamos fazendo no final de semana. É sim, fomos à Campina Grande,na Paraíba, onde aconteceu o maior São João do Mundo (pelo menos é o que eles dizem) do dia 9 de junho ao dia 9 de julho de 2006.
Realmente é um espetáculo. A estrutura embora em fase de desmonte nos deu a dimensão do evento.Uma festa mais que tradicional na região.
Um dos pontos emocionantes foi com certeza a visita ao Sítio São João, uma cidade cenográfica com igreja, bodega, casa de farinha, casa de taipa, rádio difusora e muito, mas muito forró e animação.
Cada espaço traz atores caracterizados que contam um pouco da nordestinidade.É incrível como de uma maneira ou de outra as pessoas se identificam com os objetos, o local.
Acompanhamos o último dia da exposição, localizada próximo ao Parque do povo. Segundo o idealizador do projeto, o dramaturgo João Dantas, o cenário montado e apresentado ao público é apenas 30% do total. Ele mostra toda a trajetória do nordestino tanto nos costumes quanto na música, na dança e na tradição oral.

sexta-feira, julho 28, 2006

PAIXÃO NORDESTINA NO TUM TUM TUM DO SEU CORAÇÃO




Apresentação no IV Festival Cearense de Quadrilhas Juninas
Local: Ginásio da Parangaba
Data: 22 de junho de 2006
Classificação: * * * e 1/2

“Toda a cidade, vem correndo só pra ver
A novidade que a Paixão traz pra você...”.
O trecho dessa música traduz o que é realmente a Paixão Nordestina. Inovação, criatividade e ousadia. Mas ser isso tudo é uma faca de dois gumes. É bom porque as pessoas reparam e quando acertam são elogios e mais elogios. Mas quando erram... não é um errinho imperceptível.
Esse ano provaram dos dois gostos? Qual dos dois devo comentar primeiro? O bom ou o ruim?
Vou alternando então, mas começando pelo ruim, claro!
O figurino foi um dos pontos principais. O tema da Quadrilha, pelo que entendemos é seca e chuva e o que eles vestiam nos remeteu mais ao circo. Nos homens o colete com as costas em ponta, como os dos mestres de cerimônia ou dos mágicos, sem falar na cartola do marcador. As bordas, tanto dos coletes dos homens quanto dos boleros das mulheres, com o espiral dourado nos remetem aos circos mambembes, circos antigos. Assim como as lágrimas nos coletes, nos corpos dos vestidos e nas meias. Devem ter usado para representar a gota de água, mas ficou parecendo figurinos de partners (ajudantes) de mágicos ou moças que dançam de maiôs collants.
Nos vestidos ainda mais um detalhe. O babado da manga acolchoado ficou armado demais, perdendo a leveza do babado. Assim como a saia já ser a anágua deu a impressão de faltar algo por baixo das saias. No entanto a idéia do tié die foi magnífica. Primeiro por que não ficou com cara de roupa de hyppie. Ao invés disso formaram rosas, com os centros em pedraria. Deve ter dado um trabalho... O bolero foi outro detalhe interessante. Deu opções para a Quadrilha trabalhar: com ou sem mangas. Já na cabeça, rosas com haste por trás e fitas trançadas formando falsas perucas. Mas e a seca e a chuva?
Esse figurino teria casado perfeitamente com um tema ligado ao circo.
Uma outra coisa legal. Esse ano fugiram das alegorias. Muitos acessórios, isso sim. E como tiveram...o que para uma Quadrilha estilizada vai bem.
Quanto à coreografia destaco dois pontos fundamentais. Os guarda- chuvas deram o tom “cantando na chuva” (filme hollywoodiano). Aquele detalhe do TNT azul saindo de dentro da lata com papel picado ficou muito interessante. Deu muito a idéia de água. A outra parte da coreografia que não posso deixar de elogiar é o famoso coração. Que por mais que copiem, a Paixão sempre dá um jeito de reinventar. Muito bom esse ano. Todos juntinhos no pulsar. O restante da coreografia segue as normas dos oito passos, mas pela quantidade de pessoas em quadra às vezes passa despercebida.
O repertório. Quem não adora? Afinal é um dos mais copiados. Adoramos, mais precisa falar mais de São João. Mesmo que a Quadrilha seja a mais apaixonada é bom colocar umas pitadinhas de fogueira, balão, São João, etc.
O casamento rimado, figurino bem cuidado. Tudo humanizado. O sol é gente, os animais são gente. Parece uma peça infantil. Fácil de compreender e engraçado, o que é essencial. Sem falar que casa com o tema da Quadrilha. O mentiroso vai ter que fazer chover pra poder casar. Parece até um pouco as aventuras de João Grilo e Chicó (O Auto da Compadecida, Ariano Suassuna).
Os destaques como sempre bem trabalhados, correspondendo à sua função.
Quem não viu, então: “vem...vem...vem com a Paixão”.

COMENTÁRIOS

Receber as críticas das pessoas é muito bom. Boas ou ruins não importam. Com as ruins a gente aprende. Com as boas a gente busca cada vez mais corresponder aos anseios do público. Aqui os internautas.
Este espaço assim como a revista é exclusivo para a discussão a respeito da Quadrilha Junina. Seja ela no Ceará, no Rio Grande do Norte ou na conchinchina.
Então se você tem dúvidas, sugestões ou mesmo reclamação, indignação este é o espaço.
Só não pretendemmos ser o espaço para pensamentos desconexos e acusações infundadas.
Eis uma crítica boa, daquelas de deixar orgulhoso:
"Parabéns...
É qualquer coisa de maravilhosa, podermos ver as belezas de nosso Ceará através da dança e magia.
Mesmo que este emoção não seja vivida de forma tão intensa (porque não estava lá), percebe-se o fulgor através de suas palavras e das fotografias postadas!
Posso tão somente dizer: PARABÉNS!!! É bom vermos e revermos coisas belas; é bom para nossos olhos sentir imensa alegria em se imaginar dançando e representando.
Que este sucesso da ISPIA não termine aqui, que permaneça entre nós internautas e apaixonados por quadrilha por mt, mt tempo!
Bjos no coração..."
Ayla - Camocim (CE)

Quem não conseguir deixar seu comentário envie para o e-mail: revistaispia@yahoo.com.br
com certeza será lido e respondido.

Atenciosamente,

Angelo Tomasini

quarta-feira, julho 26, 2006

DE NOVO? QUE BOM!





Apresentação no IV Festival Cearense de Quadrilhas Juninas
Local: Ginásio da Parangaba
Data: 20 de junho de 2006
Classificação: * * * * e 1/2

Num ano de grandes produções, brilhos, magias, sonhos e cores, a Quadrilha Arraiá São João Batista, de São João do Jaguaribe apostou num remake (o termo vem do inglês e significar refazer) e se deu bem.
Fazendo uma releitura do ano em que homenageou o jangadeiro cearense Dragão do Mar, a Quadrilha trouxe o tema “O Encanto das águas” e deu um banho de competência com 20 pares.
A São João Batista mostrou que pode sim apresentar um espetáculo bonito sem perder as suas características, as suas raízes. Trouxe água, mas não apagou o fogo do São João. E mesmo sem grandes novidades, deu um banho. Ao invés de brilho, chitão, fita, tela e babados azuis e brancos. Ao invés de uma caravela um barquinho.
O tradicionalismo do Vale acabou se rendendo às alegorias. Mesmo que uma meia alegoria, mas ainda sim alegoria. Nada contra. Mas é bom tomar cuidado para não ser mais uma G.R.E.S.
A coreografia não é nova, o repertório muito menos. Eu mesmo poderia dizer que é uma verdadeira chatice, falta de criatividade e várias outras críticas ruins. No entanto uma coreografia boa é sempre boa de rever. Um repertório bom é sempre bom escutar novamente e cantar junto. Mas o novo sempre é esperado.
A abertura um mar humano que encanta logo ao chegar...um balanço...o mar. A dança contemporânea executada por dois casais perdidos no mar humano das saias dá um tom de drama e agitação. No mínimo estranho a junção de dança popular com contemporânea, mas pelo tempo curto em cena, vale a pena.
O restante da coreografia são passos tradicionais já conhecidos de muitos, mas agrupados de maneira harmônica, mesmo nos passos aéreos (diga-se de passagem, inserido nas Quadrilhas Juninas pelos grupos da região) até desaguar num barco semi humano, que abre a sua proa e abriga o mar formado pelos babados das saias das meninas. A vela ao fundo e o pescador, figura representativa, no alto, conduzindo a sua vela.
Detalhes de um tema bem cuidado. Colar com pingente de golfinhos, telas na composição dos vestidos, sapatos com pele de boto e o detalhe que é igual para todas, os babados de filó azul e branco, que juntos e balançando sincronizadamente formam o mar.
Os homens já devemos adivinhar, quando se trata de uma Quadrilha proveniente do Vale do Jaguaribe, todos de paletó, mantendo a tradição.
Dos destaques, o marcador é um espetáculo a parte vestido de pescador com rede nas costas, chapéu Panamá e nas mãos uma bengala que mais perece uma vara de pescar. Mostra agilidade e desenvoltura no comando do grupo.
A “São João” em 2006 escolheu o tem certo, pois sentiu na pele o que é ser um peixinho no meio do oceano. Ou para quem preferir um barquinho remando contra a maré.

domingo, julho 23, 2006

JÁ TEMOS A MELHOR QUADRILHA JUNINA DE 2006


Terminou ontem, sábado, 22 de julho, por volta das 4 horas da manhã o 4º Festival Cearense de Quadrilhas Juninas. Durante 4 noites (e olha só que repetição de 4 hein?! Pra quem é superticioso isso pode ter alguma respresentação...)passaram pelo ginásio da Parangaba mais de 30 Quadrilhas de todo o Ceará. Interior e capital.
Disputa acirrada tanto na categoria infantil quanto na adulta. Mais de 10 mil pessoas estiveram presentes durante essa maratona.
A melhor quadrilha do Ceará em 2006 é do interior. Cidade de São João do Jaguaribe. A Quadrilha Arraiá São João Batista se apresentou na quinta feira com o tema "Encanto das águas".
Bem, mas vamos ao que todos esperam.

Confira o restante do resultado:

CATEGORIA ADULTA
MELHOR QUADRILHA: Arraiá são João Batista
2º LUGAR: Arraiá do Zé Testinha
3º LUGAR: Arraiá do Gipão
4º LUGAR: Beija Flor do Sertão
5º LUGAR: Cumpade Justino
MELHOR RAINHA: Beija Flor do Sertão
MELHOR NOIVA: Cumpade Justino
MELHOR NOIVO: Caninha Verde
MELHOR MARCADOR: São João Batista

CATEGORIA INFANTIL
MELHOR QUADRILHA: Arraiá do Bairro Ellery
2º LUGAR: Asas do Sertão
3º LUGAR: Raio de Luz
MELHOR PRINCESA: Arraiá do Bairro Ellery
MELHOR NOIVA: Arraiá do Bairro Ellery
MELHOR NOIVO: Asas do Sertão
MELHOR MARCADOR: Arraiá do Bairro Ellery

P.S.: Cobertura completa do 4º Festival Cearense na próxima edição da Revista ISPIA.

quarta-feira, julho 12, 2006

QUADRILHA CEARÁ JUNINO - Melhor Quadrilha do Ceará segundo a Secult



Apresentação na final do Festejo Ceará Junino 2006
Local: Cidade de São João do Jaguaribe
Data: 02 de julho de 2006
Classificação: * * * *

A fogueira! Como ninguém pensou nisso antes? Parece simples, mas quem fez até hoje? Nesse fato é que resiste o mérito da Quadrilha, que pegou um símbolo do São João ameaçado de extinção e transformou em uma história com começo meio e fim.
A entrada com apresentação de todos os personagens, juntamente com os brincantes dando a volta na quadra já acende uma chama de curiosidade na platéia.
O texto do casamento não é dos mais elaborados, mas personagens como Nossa Senhora das Fogueiras e os “noviços gays” acabam roubando a cena de vez em quando, dando tom humorístico, leveza e agilidade às cenas. Também gerando a possibilidade da perda de alguns pontinhos em tradicionalidade. O cenário uma vila com seis ou sete fachadas de casas e os vitrais de uma igreja. Às vezes soa estranho esse cenário urbano quando a história não se remete a um espaço físico específico.
Partindo para a Quadrilha, a alegoria humana, feita com caixotes de madeira , luzes e fogos de artifício (diga-se de passagem os permitidos pela FEQUAJUCE) dá o tom de espetáculo, para onde as estilizadas estão rumando ultimamente. Após esse momento tudo volta ao normal, ou melhor, ao que posso dizer o melhor momento. A formação com os 40 pares em formato de “U” saudando a apresentação dos noivos e o desfile da rainha, que ocorre logo no início da apresentação. Não é a grande novidade, pois os destaques no início já foram vistos várias vezes, só que na Ceará Junino simplesmente funcionou. Agradável. Destaque realmente para a noiva e marcador. Ela interpretação impecável durante a apresentação e ele agilidade e alegria.
Já que adentramos em coreografia. Nesse quesito reside a maior falha a meu ver. 10 passos tradicionais para 40 pares em 30 minutos não me parece satisfatório. Em determinados momentos há um certo desfile dos pares, com a repetição da postura que é típica das estilizadas da capital (A mulher segurando a ponta do vestidos com o braço esticado e a coluna inclinada para um dos lados) e revezamento de quadrados no desenho coreográfico.
A troca de roupa e o momento "caipira" soam como criatividade, mas noentanto apresentam uma quebra desnecessária na evolução . Talvez na abertura fosse mais interessante esse momento (Ou quem sabe não entendi a proposta. Também pode acontecer, né?!).
A animação talvez seja um dos critérios mais bem desenvolvidos. A alegria no semblante dos brincantes é nítida. Todos impecáveis do alto de seus trajes elegantes. O coque das mulheres remete aos velhos tempos e ao mesmo tempo à postura de bailarinas dos “Balés Quadrilhas Estilizadas”. Os vestidos são coloridos com bordados em ponto de cruz bem elaborados e armados. Já o figurino masculino não teve a mesma atenção. Não que perca a harmonia, mas o bordado na parte da frente não ficou bem, a final na barra do paletó já foi a ousadia. Não se faz necessário estampar a calça também.
O repertório, dos estilizados contemporâneos, é o que ainda lembra os festejos juninos. Sem falar no talento já reconhecido do regional, que cumpre à risca o papel de ajudar o desenvolvimento do grupo.
Ceará Junino esse ano realmente é festa! Festa de São João... e com direito a fogueira.

QUADRILHEIROS RUMO AO HEXA


Esse ano o famoso colorido do São João se rendeu ao orgulho verde e amarelo.
As cores do Brasil estavam nas ruas totalmente decoradas com bandeirolas, faixas, pinturas no asfalto, nos muros, nas paredes das casas. Em algumas ruas, se tentássemos ver o céu só conseguiríamos ver fitas verde e amarelo. Parecia que a cidade inteira havia se transformado em um grande “arraiá canarinho”.
Esse fenômeno maravilhoso ocorre a cada 4 anos. É a união da paixão dos brasileiros com a dos nordestinos. Futebol e São João. Uma boa pedida.
Hoje parece até sem sentido falar sobre copa, sobre o orgulho verde e amarelo, mas a verdade é que o mês de junho ganhou um motivo a mais para ser comemorado. E os símbolos do São João também ganharam novos companheiros, bandeira do Brasil, bola, chuteiras enfim tudo o que diz respeito ao nosso “futebol arte”.
“E se vier o tão sonhado hexa?” Essa era a pergunta, mas hoje ela já tem uma resposta definida e que não nos agradou.
Pensando bem, os nossos sonhos futebolísticos são comparados aos sonhos dos quadrilheiros. Não queremos mais ser os melhores do mundo, por que isso já somos. Ninguém no mundo dança Quadrilha Junina como os brasileiros. A nossa disputa tem um nome: Festival Cearense, que é o prêmio máximo para os quadrilheiros do Ceará. Esse ainda não aconteceu, mas esperamos que as Quadrilhas e os jurados não façam como os nossos jogadores, que decepcionaram um país inteiro por falta de habilidade, criatividade e garra.
Antes mesmo de iniciar a copa o país inteiro já estava voltado para o tema.
Teve grupo que entrou no espírito da copa e dançou de verde e amarelo. E o famoso grito de guerra das torcidas de futebol? “Eu, sou brasileiro, com muito orgulho, com muito amor”. Esse aí elas já usam a tempos.
É, essa nova temporada veio recheada de torcida, de otimismo e de coisas boas.
Por isso vale a pena acender a fogueira, vestir a camisa do Brasil, pegar seu bolo de milho e reunir os amigos para dançar Quadrilha. Mais do que nunca botar o regional pra cantar “Eu sou quadrilheiro, com muito orgulho com muito amor”. Afinal somos brasileiros e não desistimos nunca.
Daqui a quatro anos estaremos de volta firmes e fortes, afinal ainda somos os melhores do mundo.

terça-feira, julho 11, 2006

ARRAIÁ DO GIPÃO



Apresentação no XXVI Festival de Quadrilhas da Vila Manoel Sátiro
Local: Ginásio da Parangaba
Data: 13 de junho de 2006
Classificação: * * *

CANTANDO E ENCANTADO DO ALTO DOS SEUS 35 ANOS!

Partindo do ponto que a “Gipão” já é uma mulher de 35 anos, tava mais do que na hora de crescer, ousar e seduzir o público.
Notória a mudança. Significativa. Do figurino quase monocromático do ano passado, para uma explosão de cores e bordados, aliás, de tipos de bordados. Aplicações, richilieus e outros. Agora podemos sim dizer que há uma homenagem, um respeito e um tributo ao trabalho das bordadeiras nordestinas e brasileiras.
Para absorver e entender os comentários que estão sendo dispensados à “Gipão” se faz necessário um esclarecimento prévio.
Vou começar com uma introdução na Quadrilha Temática. O que é?
Ela escolhe um tema ou uma temática como, por exemplo: o pescador, o cangaço, as voltantes, etc. A partir daí se desenvolve de acordo com o universo desses personagens.
Portanto se há uma proposta de trazer para quadra as bordadeiras, devemos perceber isso durante toda a apresentação. Afinal, Quadrilha Temática sem tema não existe.
A “Arraiá do Gipão 2006” trouxe o tema: “A Gipão canta e encanta seus 35 anos de existência homenageando as bordadeiras”.
Vou começar com uma pergunta simples: Se a Quadrilha é temática e o tema é o proposto acima, por que o casamento não se remete a isso? Será que só a Quadrilha é das bordadeiras? O casamento não faz parte da Quadrilha?
Bom pensar... O casamento da Quadrilha apresenta um texto fraco sem muita expressividade. Dois “travestidos” dão o tom humorístico. E se não fossem eles...
A história é confusa, gira em torno deles e de uma velha. Até que bem interpretada, mas um pouco sem expressividade no contexto. Onde está a bordadeira? E o bordado? E os 35 anos da Gipão?
Das duas uma: ou não aparece ou não ficou claro para todos presentes.
O casamento não é dos melhores, mas em compensação, a Quadrilha salva a situação. Nela sim, podemos ver os bordados, presentes principalmente no figurino dos destaques. Bonitos e bem elaborados. O Richilieu colorido. Antes conhecido por bordado branco, assumiu novas possibilidades e foi dançar o São João com todo o seu “colorido”. Tendência inclusive nas passarelas e vitrines, uma vez que o bordado está em alta no mundo da moda. Na “Gipão” pudemos ver coletes masculinos bordados em richilieu que refletem rosas vazadas, realçadas pelas blusas que formam o fundo dando destaque e maior colorido ao visual. O figurino branco dos noivos parece casar com a felicidade que eles passam dentro da quadra.
Na coreografia o grupo traz passos tradicionais de maneira contemporânea, mas também o já conhecido movimento das senhoras bordadeiras com as agulhas imaginárias da Gipão. É o feijão com arroz com tempero caseiro, originalidade.
Em quadra 20 pares evoluem. Um início meio tenso. Talvez pelo peso da estréia, mas poucos minutos são suficientes para que a garra seja mostrada e o grupo dê o seu recado.
O repertório. Colocar 35 anos de história em um repertório fica difícil, mas a escolha foi acertada. Um repertório conhecido para relembrar bons tempos.
Quem não fica cantarolando: “De geração a geração...”.
Nós da Revista Ispia desejamos mais e mais gerações para dançar com a Gipão.

RAÍZES DO MEU CEARÁ

Apresentação no XXVI Festival de Quadrilhas da Vila Manoel Sátiro
Local: Ginásio da Parangaba
Data: 13 de junho de 2006
Classificação: * * *

Tá aí uma coisa que não se vê mais em Fortaleza! Quadrilha Junina estilizada com 18 pares. A Quadrilha entra em quadra tímida, mas aos poucos, com noção de espaço mostra garra de gente grande.
Raízes do Meu Ceará apresentou um casamento rápido, porém com discernimento no texto, a não ser as falhas na interpretação. O velho conhecido “palco quente”, onde os atores se movimentam de um lado para o outro em movimentos de passadas artificiais. Como se estivessem andando sob brasas.
Com o tema “São João, serra, sertão e litoral”, o grupo procurou músicas que falam a respeito do tema, transparecendo a idéia que gostariam de passar, que é a da geografia cearense através do imaginário desse homem que aqui vive.
No quesito coreografia. Nada muito ousado. Mas ao mesmo tempo podemos ver passos tradicionais bem desenvolvidos. E o que é melhor, podemos perceber o desenho coreográfico sem atropelo, sem ser obrigados a presenciar a verdadeira “luta” por espaço que muitas brincantes têm travado para poder pelo menos girar a sua saia sem esbarrar no par da frente ou do lado, o que acontece muito hoje em dia.
Já no figurino temos um conjunto interessante, bem pensado. Usa as rosas da chita aplicada no corpo e na saia do vestido, com fitas coloridas, mostrando harmonia entre cores e modelo do vestido. Totalmente estilizado, mas com um pezinho no tradicional.
O aplique, que nos últimos 3 ou 4 anos tem se tornado amigo íntimo das quadrilheiras pode ser inimigo mortal quando, por exemplo, a cor do cabelo é diferente do aplique. Ou mesmo quando ele toma uma forma ou consistência totalmente artificial. Algumas meninas nos dão a impressão de ser bonecas que a dona já fez muita “traquinagem” com os cabelos. Não que chegue a quebrar a harmonia total, mas se faz necessário um cuidado especial.
Agora o regional, esse sim, sem dúvida é a alma da Quadrilha. Casado ao repertório fácil eleva a o grupo e faz os 18 pares parecerem no mínimo 30 dentro da quadra.

domingo, junho 18, 2006

QUADRILHA ATRAÇÃO JUNINA

Apresentação no XXVI Festival de Quadrilhas da Vila Manoel Sátiro
Local: Ginásio da Parangaba
Data: 13 de junho de 2006
Classificação: * *

A Atração Junina soube realmente atrair o público com garra e animação. Nesse quesito o grupo foi muito bem.
Na verdade o público ficou atraído mesmo pela Rainha,um travesti. Nada contra, por sinal se apresentou muito bem, tirando as rodadas apressadas, as vezes fora do ritmo, foi muito bem. Mas é bom tomar cuidado, porque um juiz esperto tiraria ponto no quesito originalidade. Lógico, quando reconhecer que é um travesti. Nesse caso vai demorar um pouquinho... Mas acabará percebendo.
Interessante o uso da mascote. Poucas Quadrilhas fazem isso hoje em dia. Mas com vestido de festa e anágua de Quadrilha vermelho ficou meio estranho.
Por falar em figurino, temos mais um figurino dark no São João de 2006. Um colorido com detalhes pretos em toda a Quadrilha. Não é feio. Vejam bem, mas perde um pouco da alegria visual.
Em contra ponto os noivos bem caracterizados em branco total, bom. Só faltou o noivo por a camisa por dentro.
No quesito música, é bom tomar cuidado. Músicas de Chiclete com Banana e Babado Novo: "Anjo, venha voar sobre o meu céu, me pegue no seu colo..." É bom tomar cuidado com as adaptações. Nem sempre as músicas baianas se adequam ao cenário junino.
No quesito coreografia o serrote bem estilizado chamou atenção. Muito bom. A Quadrilha conseguiu atrair e fazer jus ao título.

sábado, junho 17, 2006

QUADRILHA CUMPADE JUSTINO



Apresentação no XXVI Festival de Quadrilhas da Vila Manoel Sátiro
Local: Ginásio da Parangaba
Data: 13 de junho de 2006
Classificação: * * *

A Cumpade Justino comemora 10 anos e traz para 2006 os símbolos juninos.
A Quadrilha utiliza o tema durante toda a sua apresentação, o que faz o jurado perceber o trabalho claramente. Por isso mesmo o jurado atento perceberá que só a fogueira e bandeira apareceram. Onde estão os outros símbolos?
Aliás percebe não só a parte boa como também a ruim.
A parte boa fica por conta do tema bem junino. Falar sobre São João de maneira criativa não esgota.
A saída da quadra em diagonal é realmente um ato criativo, talvez o maior dentro de toda a apresentação. Os destaques como sempre muito bons.
A Rainha sem faixa. Não sei se por esquecimento ou apenas um novo formato para a temporada, me pareceu interessante. Mas se a Rainha da Quadrilha estilizada faz uma referência à Rainha do Milho ou do vermelho e do azul, onde está a faixa?
Quanto ao casal de noivos sem comentários. Premiadíssimos...eles mostram que realmente fazem jus às premiações.
O regional, um espetáculo à parte. Os vozeirões grave e agudo dos dois vocalistas chamam realmente os brincantes para dançar. Aliás dança e garra são a cara da Cumpade. E provou que continua assim.
Por falar em continuar... Quem assistiu no ano passado e nesse ano por algum momento teve a sensação de entrar no túnel do tempo. Afinal o sapateado da abertura continua. Os leques gigantes continuam. O figurino altamente colorido e detalhista também continua, embora a manga das mulheres tenha mudado (agora no estilo princesinha). A noiva retirar a parte de cima do vestido e ficar com um vestido de alças continua. O fato de ela não usar grinalda também continua...
Aliás o que mudou "mesmo" no figurino foi uma camada de filó preto na ponta das saias. Acabou escurecendo um pouco e tornando dark o visual.
Já que falamos de noivos, vamos falar sobre o casamento. A Cumpade trouxe um casamento engraçado, mas fraco em texto e marcação. Falar sobre os símbolos juninos abre um leque de opções. Poderia ter um pouquinho mais de conteúdo.
Resumindo... a Cumpade continua a mesma, provando que o colorido faz parte do São João. Sem muitas mudanças, mas com seu estilo característico e mostrando personalidade.
Como é ano de copa a Cumpade apostou no time que estava ganhando...

VAMOS ANALISAR AS QUADRILHAS E DIVULGAR O RESULTADO DOS FESTIVAIS


Olá pessoal!!!
"Chegou São João/ Que alegria/ Amo esse dia/ Que emoção.
Meu coração/ Bate depressa/ Amo essa festa/ Viva São João..."
Essa música de um autor que deconheço certamente traduz o sentimento no peito de muitas pessoas nesse momento. Afinal chegou o momento mais esperado do ano. Vamos dançar Quadrilha e viver as festas juninas.
A revista ISPIA resolveu abrilhantar ainda mais essa festa.
A paritr de hoje esse espaço servirá para analisar as Quadrilhas. Seus temas, seus figurinos, enfim... críticas construtivas com o intuito de incentivar os grupos a crescer.
Acompanhem também os resultados dos Festivais de Quadrilha em todo o Estado.

Atenciosamente,

Angelo Tomasini
Diretor

quarta-feira, maio 10, 2006

VALE A PENA ESPERAR

Que demora!
Pedimos desculpas pelo fato da revista ainda não estar nas mãos de todos os quadrilheiros. problemas com gráfica. A edição que comemora a temporada de 2005 e consequentemente o primeiro número está já chegando aí. Pode ser que algo soe como antigo, obsoleto. Mas não esqueçamos que um dos objetivos da ISPIA é fazer além de tudo um registro histórico do São João do Brasil.
Assim esperamos o lançamento até o início da nova temporada. afinal começar um trabalho novo fazendo uma análise de um trabalho passado é muito bom. Ajuda acima de tudo a corrigir falhas.
Um grande abraço a todos os quadrilheiros.


Angelo Tomasini

terça-feira, maio 09, 2006

ESSA TÁ NA REVISTA


AUTO CONHECIMENTO E AÇÃO

O dia 22 de Agosto é reconhecido pelos brasileiros como o dia do Folclore. Desde criança “aprendemos” no colégio que a data é festiva, e que o Nordeste é uma das regiões onde a cultura popular é mais diversificada e forte. Por ocasião desta data são efetuadas várias comemorações em escolas, centros culturais, ONG´s, associações ligadas a movimentos folclóricos e outras instituições.
No Ceará, a Quadrilha Junina é uma das manifestações com maior “potencial” de representatividade, afinal são 280 grupos cadastrados na FEQUAJUCE (Federação das Quadrilhas Juninas do Ceará), no entanto nenhuma manifestação foi organizada pela categoria que se diz “dança folclórica”. E de todo os centros culturais do Estado e suas manifestações em respeito à data, o único que apresentou um grupo de Quadrilha foi o Teatro José de Alencar, que teve a presença da Quadrilha Beija Flor do Sertão na quarta feira dia 17, em virtude da Semana do Folclore.
Quando eu digo que as Quadrilhas deveriam realizar uma manifestação não falo em um evento com apresentação de grupos louvando o Folclore e a Quadrilha, mas sim da luta por melhores políticas públicas para o setor, pela preservação e conservação das danças folclóricas, que cada vez mais estão sumindo.
A própria discussão sobre a definição e o significado da palavra “Folclore” na contemporaneidade seria interessante, uma vez que se torna bastante comum presenciarmos intervenção da do elemento contemporaneidade nos diversos setores. Esse também seria um momento de repensar a Quadrilha Junina enquanto Folclore e enquanto mudanças e “modernizações”, enfim, “auto conhecimento” seria o termo ideal para utilizar.
Mais um elemento para essa discussão seria a recente criação do termo “Mestres da Cultura” no Ceará tem rendido elogios de toda a nação, o primeiro Estado a implementar um sistema que já está em voga em vários países do mundo, onde os mais antigos e mais expressivos Mestres de um segmento da cultura recebem ajuda financeira (um salário mínimo) do Governo para continuar repassando para às novas gerações e preservando o seu ofício.
Exemplos são os Irmãos Aniceto e a Banda de Pífanos, Mestre Juca do Balaio no Maracatu, e muitos outros segmentos da cultura popular, que vão desde as rendeiras às esculturas de barro da cidade de Juazeiro do Norte.
O interessante é notarmos que dentre os 24 segmentos escolhidos e agraciados com o título não temos a Quadrilha Junina incluída. Será que os “agraciados” tem maior número de pessoas envolvidas na atividade? E quanto à popularidade?
É repensar, se auto conhecer e agir. Através de atos mais enérgicos e maior participação no setor cultural é que a FEQUAJUCE vai adquirir a visibilidade que merece, não deixando de lembrar que a mesma já cresceu bastante nos últimos anos e também que a “fogueira das vaidades” no segmento é um fator que atrapalha, afinal só se consegue algo lutando juntos.

sexta-feira, maio 05, 2006

A NOVA TEMPORADA ESTÁ CHEGANDO

"Meu coração explode de alegria nessa festa linda, meu coração bate, bate mais forte quando vê você dançar... Eu fico só olhando o povo se aproxiamndo/ Querendo ver de perto a gente dançando..."
A letra dessa música (cd de 10 anos da Quadrilha Terra da Luza)traduz o sentimento de cada quadrilheiro que espera o São João para poder liberar sua energia se apresentando em festivais em todo o Estado, tendo orgulho e se emocionando com o que faz.
Mais uma temporada se aproxima. Os grupos já estão fazendo os últimos retoques, afinados para a estréia na temporada 2006. Por falar em estréia, a Federação das Quadrilhas Juninas do Ceará está preparando o "Viva São João". Será realizado na Praça do Ferreira no final do mês de maio e deve funcionar como a abertura oficial das Festas Juninas no Ceará, contando com o apoio do Governo do Estado e da Prefeitura Municipal de Fortaleza.
Até que enfim os festejos de São João têm uma soleniidade de abertura oficial. Nos anos anteriores essa abertura era reduzida a presença do público no primeiro festival. Muito interessante, mas pouco diante de uma federação com mais de 200 Quadrilhas filiadas.
Um evento desse tipo deve ser apoiado pelos quadrilheiros em geral. Vamos lá pessoal, compareçam!

quarta-feira, abril 12, 2006

II ENCONTRO MESTRES DO MUNDO


II ENCONTRO MESTRES DO MUNDO


Não fique de fora dessa...


Tendo em vista o sucesso do I Encontro de Mestres do Mundo (2005), promovido pelo Governo do Estado do Ceará, através da Secretaria da Cultura, é com prazer que convidamos os Mestres e Grupos da Cultura Tradicional Popular a se inscreverem para participar da segunda edição do Encontro.

O II Encontro Mestres do Mundo acontecerá no Vale do Jaguaribe, de 27 de junho a 02 de Julho de 2006, e terá como tema o Ciclo do Couro, que no Ceará, assim como em todo o Nordeste, fundou não apenas uma civilização, mas toda uma cultura. Originou arquiteturas, mobiliários, costumes, tecnologias, manufaturas, culinárias, ofícios, artesanatos, crenças, ritos, festas, folguedos, musicalidades, vocabulários e os mais diversos saberes sobre a natureza.

Os Mestres e Grupos serão distribuídos em cinco categorias, a seguir, todas elas focadas e relacionadas com o Ciclo do Couro: Mestres das Mãos, Mestres do Corpo, Mestres do Sagrado, Mestres dos Sabores, Mestres da Oralidade e Mestres dos Sons.

Para efetuar a inscrição basta preencher a ficha de inscrição envia-la, juntamente com o material de apresentação, para o endereço indicado. As inscrições passaram por um processo de seleção e a produção entrará em contato com os Mestres ou Grupos selecionados.

Conteúdo extraído do site www.secult.ce.gov.br

Para maiores informações e retirar a fichade inscrição no site divulgado acima

terça-feira, abril 11, 2006

Ispia, a primeira revista sobre Quadrilha Junina do Brasil

Será lançada no final de abril a Revista Ispia, com produção em Fortaleza, CE.
A primeira publicação destinada a discutir a questão da Quadrilha Junina e mostrar um panorama sobre os grupos.
O primeiro número é um resumo do que aconteceu na temporada de 2005. Os melhores eventos, os melhores grupos e as novidades do setor.
Além de discutir políticas para o segmento, nós temos como objetivo mostrar o cotidiano dos grupos, e o São João do Nordeste.
Este espaço deve funcionar como um fórum de discussão onde todos poderão particiapr e ajuadr a construir e consolidar mais um veículo de interação e integração da cultura popular.
Participem todos. esse espaço é nosso!!!

E-mail: revistajuninaispia@yahoo.com.br
Comunidade no Orkut:
http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=11543672