Esse é um assunto bem polêmico e muitas vezes provoca discussões acaloradas. Chega a parecer brigas sobre religião e futebol, que cada um tem sua opinião e nunca acabam.
Procurando reforçar o assunto, encontramos pela web um texto bem interessante e bem fundamentado, sobre Quadrilhas Juninas contemporâneas.
Ao concluir a leitura, particularmente concordamos em alguns pontos e discordamos em outros. Mas a grande contribuição desse texto da paraibana Clotilde Tavares no blog Umas & Outras é a provocação e a inquietação sobre um assunto que poderia ser mais discutido e mais pesquisado, antes mesmo de cada grupo construir o seu trabalho. Afinal, podemos estar acada ano fazendo uma atividade cultural que não sabemos mais nem o qué é...
Vamos colocar só o início para você leitor já sentir do que se trata. Para quem quiser ir além é só clicar no link: "Continue a leitura". Vai diretinho para o post que foi inserido plea blogueira no dia de São João do ano passado.
Alavantu, anarriê!
Todo ano e sempre por esta época eu abro espaço nas minhas colunas para falar sobre esse fenômeno das quadrilhas juninas, completamente desvirtuado desde que invetaram essa tal de quadrilha estilizada. O meu caro leitor, muito mais bem informado do que eu, poderia até dizer que eu não posso reclamar, uma vez que a cultura popular é assim mesmo, sujeita a mudanças, a modificações, e que essa dinâmica é uma característica do folclore.
Mas eu lhe digo que essas tais quadrilhas estilizadas não têm nada a ver com folclore ou cultura popular, sendo nada mais nada menos do que cultura de massa, criadas e veiculadas pela mídia televisiva, que lhes dá suporte, promoção e divulgação. Essas quadrilhas estilizadas surgiram há mais ou menos uns quinze ou vinte anos e apareceram primeiro, se não me engano, no programa da Xuxa, na TV Globo, como parte das coreografias apresentadas ali. O que sai na Xuxa o Brasil copia, e foi isso que aconteceu.
Definindo melhor, eu diria que estas quadrilhas são ” uma nova forma de expressão junina, que não é uma quadrilha matuta, mas um grupo de dança que tem uma coreografia própria, com passos criados exclusivamente para a música escolhida, como num corpo de balé. O grupo incorpora alguns personagens como Lampião, Maria Bonita, vaqueiros, espanholas e ciganos. Os seus trajes lembram roupas típicas do folclore dos pampas gaúchos, de uma escola de samba ou o faroeste americano.” Então, chamar este tipo de espetáculo de “quadrilha junina” e dizer que ele “preserva nossas tradições culturais”, como tem sido feito pela mídia, é exagero e falta de informação. Estas quadrilhas são simplesmente uma estilização bela e luxuosa mas artificial das verdadeiras quadrilhas juninas originais.
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