quinta-feira, agosto 07, 2008

Paixão pelos Confederados













No último dia 30, quarta - feira, a Quadrilha Paixão Nordestina, do bairro Vila Manoel Sátiro, Fortaleza, participou do Cortejo dos Confederados, promovido pela Secretaria de Cultura do Estado - Secult - em comemoração ao Dia Estadual do Patrimônio Cultural.
O evento, em sua terceira edição (2004, 2007 e 2008), comemora ou rememora a "marcha dos condenados" da Confederação do Equador, levando às ruas da capital cearense grupos que fazem parte das mais diversas expressões culturais, do teatro ao circo, passando pela dança e pelos folguedos populares. Para quem não lembra das aulas de história, a Confederação do equador foi o nome pelo qual ficou conhecida a Revolução Republicanda de 1824, quando Tristão Araripe instalou um governo republicano no Estado. A iniciativa foi totalmente repelida pelos monarquistas e resultou no fuzilamento dos seus líderes em praça pública.
Na solenidade que relembrou festivamente esses momentos participaram Grupo
Garajal, índios Tapeba, Escola de Samba Mocidade Independente/Bela Vista, Cia. Bate Palmas, Bumba-meu-boi Ceará (do Mestre Zé Pio), Caravana Cultural, Barraca da Amizade, Reisado Brincante Cordão do Caroá, Reisado SESC Nossa Senhora da Saúde, Grupo Formosura de Teatro, Viver Capoeira Mestre Índio, Ala dos Condenados, Linda Canalha e Maracatu Solar.
O cortejo seguiu o mesmo roteiro feito pelos condenados antes da execução. Saíram
da Fortaleza de Nossa Senhora da Assunção, seguiram pela Rua Conde D’Eu, Igreja do Rosário, Praça do Ferreira, Rua Floriano Peixoto, e encerraram no então Campo da Pólvora, hoje Passeio Público, onde foram executados os mártires.

As 15h00, o evento teve início com uma solenidade militar de degradação dos condenados, com a execução dos hinos do Brasil, Ceará e Fortaleza, salvas de canhão, toques de cornetas e fogos de artifício. Em seguida o cortejo partiu com muita música e empolgação dos grupos.

Durante o percurso, paradas estratégicas em frente à Igreja do Rosário, onde se apresentaram maracatu, capoeira e cena relacionada com a libertação dos escravos no Estado; No Museu do Ceará e Palácio da Luz, foi apresentado o Manifesto dos Confederados; Na Praça do Ferreira, grupos indígenas realizaram o Ritual do Torém; No Sobrado Dr. José Lourenço, encenação do Manifesto dos Confederados e finalmente no Passeio Público, um grupo de atores e de grandes bonecos encenaram os fuzilamentos.

Dezenas de pessoas acompanharam o movimento atentos às mais diversas manifestações da cultura que prestaram homangem ao ato heróico e patriótico dos confederados. Em tempo, no ano de 2007 quem representou a categoria junina no cortejo foi a quadrilha Arraiá do Gipão.


Fotos: Wagner Alves

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigado por ajudar a construir uma revista cada vez melhor.