Mesmo antes de ser oficialmente empossado no cargo, o ministro interino da Cultura, Juca Ferreira, quer tirar o ar artístico do ministério deixado por Gilberto Gil e encarar uma promessa antiga de campanha de Lula às eleições de 2002. Ele disse ontem à Folha de S. Paulo que vai enviar ao Congresso Nacional projeto de lei para reformar a Lei Rouanet, o sistema de financiamento à cultura.
Ferreira busca aumentar as verbas federais para o Ministério da Cultura (a 2% do orçamento da União) e instituir um fundo de recursos para que o MinC possa aplicar no fomento à produção artística no país.
Auto Filho, secretário de Cultura do Ceará, questionado pela Coluna, disse que apóia a decisão do ministro mas defende uma ampla discussão para formatar o novo projeto. Ele critica as leis que favorecem o mecenato (patrocínio generoso) que hoje monopolizam o acesso aos investimentos, além de transferirem o direito político dos recursos públicos para as empresas.
Para ele, essas empresas, especialmente os bancos, preferem financiar projetos para obterem visibilidade de mídia. Auto Filho destaca a posição do BNB, que mantém um centro de apoio à cultura, mas acha que os recursos dessas instituições financeiras deveriam ter como foco programas de estímulo à cultura de forma desvinculada.
Para reforçar esse poder dos bancos, o secretário cita como exemplo os recursos do Itaú Cultural que, segundo ele, são superiores a todos os investimentos de produtores culturais independentes no país. Em 2007, de acordo com a assessoria de imprensa do Banco Itaú, a instituição destinou R$ 54 milhões em projetos sociais e culturais.
Ferreira busca aumentar as verbas federais para o Ministério da Cultura (a 2% do orçamento da União) e instituir um fundo de recursos para que o MinC possa aplicar no fomento à produção artística no país.
Auto Filho, secretário de Cultura do Ceará, questionado pela Coluna, disse que apóia a decisão do ministro mas defende uma ampla discussão para formatar o novo projeto. Ele critica as leis que favorecem o mecenato (patrocínio generoso) que hoje monopolizam o acesso aos investimentos, além de transferirem o direito político dos recursos públicos para as empresas.
Para ele, essas empresas, especialmente os bancos, preferem financiar projetos para obterem visibilidade de mídia. Auto Filho destaca a posição do BNB, que mantém um centro de apoio à cultura, mas acha que os recursos dessas instituições financeiras deveriam ter como foco programas de estímulo à cultura de forma desvinculada.
Para reforçar esse poder dos bancos, o secretário cita como exemplo os recursos do Itaú Cultural que, segundo ele, são superiores a todos os investimentos de produtores culturais independentes no país. Em 2007, de acordo com a assessoria de imprensa do Banco Itaú, a instituição destinou R$ 54 milhões em projetos sociais e culturais.
Fonte: Jornal O Povo (02/08/2008) - Coluna Vertical S/A - Ivonildo Lavôr
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